Economia


Por Nathanael Andrade
Falar de economia não é fácil, pois, em geral, esta é uma matéria que agrada a poucos. Perdi a conta do número de vezes em que presenciei o descaso com este assunto: no jornal da TV, quando começa o noticiário econômico, as pessoas deixam a sala, vão ao banheiro, atacam a geladeira; se permanecem no ambiente, conversam amenidades, contam piadas, atualizam as fofocas do dia, ou da semana. Quando se trata de mídia impressa então, nem se fala, ou melhor, nem se lê. Muitas vezes o caderno de economia, juntamente com o de política, são as partes preferidas para embalar coisas, para limpar janelas, para forrar o assoalho dos carros, etc
No entanto não há como negar que, seja em casa, seja no trabalho, seja na escola, seja lá onde for, nossas vidas estão intimamente ligadas aos acontecimentos econômicos. Num mundo globalizado, onde as economias dos países estão amarradas entre si, basta uma desconfiança, um simples deslize e todo o mundo, num efeito dominó, sofre as conseqüências: quebradeiras nas bolsas, falências de bancos e indústrias, desemprego, crises políticas e sociais, etc.
Vejamos, por exemplo, o caso mais recente, a Grécia, como “bola da vez”. A fragilidade da economia grega disparou um processo já conhecido. Toda a Europa tremeu e, consequentemente, todo o planeta temeu e passou a prestar mais atenção no que estava acontecendo no continente do Renascimento.
Por falar nisso, em época de Copa do Mundo, quem renasce, quem floresce, é o setor de serviços e o comércio em países como o Brasil, sempre candidato ao título. As pessoas, eufóricas e cheias de esperança, passam a comprar mais, vão a bares e restaurantes, viajam, dão presentes.
Mas este desejado aquecimento pode vir de decisões políticas e técnicas. No campo político, por exemplo, o aumento para os aposentados sancionado pelo presidente Lula pode animá-los a gastar um pouquinho mais, principalmente se o Brasil for campeão. No campo técnico, as operadoras de cartões pretendem unificar as leitoras e, com isso, facilitar as compras com o papel de plástico.
Falar de economia, decididamente, não é tarefa fácil. Por isso, cabe a nós jornalistas, o uso correto e preciso dos recursos oferecidos pelas ciências da linguagem para informar e, principalmente, facilitar a compreensão de assuntos que, gostando ou não, estão intimamente ligados à nossa existência, e ao mundo em que vivemos.


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