domingo, 27 de junho de 2010

A dificuldade da imprensa radiofônica em passar informação na copa 2010.



Em uma Copa do Mundo muito disputada como a que se mostra a da África do Sul, certas peculiaridades são imprescindíveis para se conseguir sucesso em uma partida. Porém o exagero destas pode ocasionar problemas em outros meios, que estão diretamente ligados ao futebol.
A copa que está sendo disputada na África do Sul é talvez a de maior cobertura midiática de todos os tempos. Tendo em vista esse aspecto, a quantidade de informações que são passadas pela imprensa é muito grande, podendo acarretar insatisfações entre as seleções participantes, que, dependendo da notícia, sentem seus planos na competição ameaçados.
Colocando em pauta essa questão polêmica, analisamos matérias de duas rádios que estão cobrindo a Copa do Mundo - a rádio Globo e a rádio ESPN. Em ambas, notícias desse gênero foram comuns dando a visão de claro descontentamento por parte de alguns repórteres.
No treino da Coréia do Norte, alguns jornalistas foram retirados pela polícia após algumas filmagens feitas, que de acordo com a assessoria da seleção norte-coreana não foram permitidas. Na seleção brasileira não foi diferente. Foram liberados à imprensa apenas 15 minutos onde os jogadores estavam se aquecendo. O treino coletivo foi feito a portas fechadas e mais uma vez os jornalistas ficaram decepcionados. Mas este não é o único problema da cobertura brasileira na copa. No programa da radio globo - Globo na Copa - o técnico Dunga disse que não gosta de dar o dia livre a seus jogadores, pois acaba sendo um dia de trabalho devido à ação dos jornalistas que sempre estão em cima. O goleiro do Brasil Júlio César foi mais diplomático. Em uma coletiva de imprensa disse que não gosta de dar entrevista, mas faz parte do trabalho.
O que fica evidente nas matérias analisadas é também o problema que os repórteres enfrentam para obterem notícias fundamentais para uma cobertura bem feita de um evento como o Mundial, tais como contusões, escalação e clima do grupo.
Além disso, pode-se perceber um contato bem menor dos jogadores com a torcida, o que anda frustrando alguns torcedores que ficam na porta do treino e são proibidos de entrar.
Estes são pontos muito polêmicos da discussão, porque os jornalistas precisam de informações para trabalhar, o público também quer saber o máximo sobre os selecionados de seu país, mas equipes não querem correr o risco de serem espionadas em treino por outras seleções. É um impasse complicado, mas o que não pode acontecer são certos excessos de cuidado, para não atrapalhar a função de nenhuma das partes que não estão fazendo nada além do seu trabalho.

                                                                                                       Por Thiago Longatti e Emanuelle

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