Vuvuzela Na Boca Do Povo


Época de copa, as culturas e tradições de 32 nações estão unidas em um só lugar, e nos campos e ruas da África do Sul ecoam um único som, um som forte, tradição do país, que foi adotado por todos para mostrar a alegria de um povo, o som das Vuvuzelas. Mas não é só de alegrias que vive a copa, o barulho das vuvuzelas tem sido motivo  de reclamações, e tem tomado conta dos noticiários televisivos,como por exemplo nos sites G1 e R7, sites da Rede Globo e Rede Record respectivamente, que têm divulgado essa noticia em seus telejornais.
De acordo com o que foi noticiado nos telejornais das duas emissoras, o comitê organizador da copa estuda a possibilidade de proibir as vuvuzelas nos estádios. Em entrevista á BBC o presidente do comitê organizador do evento Danny Jordaan afirmou que “se houver razões para retirá-las será feito”.
Comparando as notícias divulgadas pelos sites, é possível perceber que o site R7 possui uma linguagem mais direta e objetiva, apenas retratando fato, e o site G1 abre espaço para declarações a favor da proibição, dando uma visão mais ampla ao assunto.

 Agora é esperar pra ver, ou melhor, ouvir o que vai acontecer.
Por Cíntia e Danúbia
 
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As faces de Lady Gaga


As edições do mês de junho das revistas Gloss e Criativa trazem a cantora “Lady Gaga” estampada em suas capas. Cada revista expõe na matéria o ângulo pelo qual vêem essa personalidade tão polemica, utilizando de diversos tipos de linguagem.
As duas revistas têm como padrão uma linguagem destinada a um mesmo público alvo, ou seja, focada nas mulheres de 18 a 28 anos. Por isso, as matérias tem como foco uma Lady Gaga que se tornou ícone fashion e como seus fãs podem acompanhar sua carreira, ou até mesmo usar a moda lançada por ela. 
A revista Gloss tem intitulada como “Gaga” uma matéria compactada, fazendo referencia de como Lady Gaga consegue criar diferentes personagens todos os dias, tornando-a a nova princesa do pop por seu vestuário peculiar e talento musical. A revista utiliza de uma linguagem ágil, direta e intensa, usando termos como “revolucionário pop” ou “sobre – humana” como forma de influenciar as jovens mulheres a uma visão favorável sobre a cantora e seu modo de vestir excêntrico.
“O castelo de cartas de Lady Gaga” é o titulo dado pela revista Criativa a matéria.  Abordando sua vida pessoal, analisando suas músicas e também seu modo de vestir, são dedicadas _(aqui tem que colocar o número de páginas, Paula) páginas a Lady Gaga, incluindo nessas diversos looks com inspiração na cantora norte-americana. A revista trabalha ainda com dados da transformação de Gaga em um ícone, permitindo que o leitor conheça a grande profissional que é, induzindo que ocorra uma mudança positiva no modo de vê-la por parte das leitoras. Ainda a fim de persuadir uma visão otimista sobre a cantora, são colocadas frases ditas por atrizes, celebridades e covers de Lady Gaga brasileiras com mensagens a respeito dela, sempre iniciadas com “Bancar a Lady Gaga é ...”
Pela analise feita sobre as revistas, a Gloss concedeu menos ênfase ao assunto, mesmo este estando como capa, a matéria foi realizada superficialmente, tratando apenas de como Lady Gaga é vista pelo seu modo de se vestir, esquecendo se que ela é uma cantora. Enquanto, a revista Criativa, que na sua edição de aniversario, abordou o tema detalhadamente, relatando a trajetória da carreira da cantora, como é a elaboração de clips e em quais artistas são inspirados (tidos como referencia), além do seu “não estilo” que varia a cada dia sem seguir um padrão. Enfim, confiram as matérias dessa nova princesa do pop Lady Gaga.
Por Maria Cecília e Paula
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O Monopólio da Informação


O tipo de linguagem a ser utilizado é fundamental em qualquer meio de comunicação e representa as relações estabelecidas entre mídia e seu público alvo. Analisando a linguagem dos textos em jornais impressos, pode-se perceber a qual grupo social determinada informação é direcionada. Na atualidade, estamos cada vez mais cercados de informações, sejam gigantescos outdoors, sejam simples SMS de celular, tudo chega muito rápido, e se torna ultrapassado também muito rápido. Por isso, a maior necessidade dos meios de comunicação em geral, mas principalmente dos jornais impressos, é manter-se sempre atualizado, pelo menos nas principais notícias e ainda adaptar-se à pouca disponibilidade de tempo dos leitores, construindo textos concisos, breves, que deem conta de informar o leitor, atendendo às suas expectativas.
Nessa perspectiva, analisemos os jornais "O Tempo" e "Hoje em Dia", dois veículos de grande circulação em Minas. Ambos trazem para o leitor uma linguagem bem clara e sucinta. O Tempo apresenta uma diagramação mais moderna, e o "Hoje em Dia", por sua vez, traz as notícias mais completas. Numa determinada notícia abordada pelos dois jornais, percebemos claramente que ambos utilizaram o mesmo release que provavelmente foi obtido em uma agência de notícias, limitando-se a editarem parcialmente o texto original. Leitores mais atentos que lessem os dois jornais em questão facilmente perceberiam que a matéria foi apenas adaptada ao contexto de cada jornal, sendo que não se preocuparam com esta inevitável comparação, negligenciando a impressão das diferentes linguagens características de cada jornal.
Na sessão de política, a notícia, em apreço, trata do encontro entre a candidata do PT à presidência, Dilma Rouseff, com o presidente da França Nicolas Sarkozy.
Leia-se este parágrafo de "O Tempo":
“Sarkozy não se pronunciou ao fim do encontro, limitando-se a posar para fotografias e a abanar para a imprensa. Tampouco o Palácio do Eliseu divulgou nota sobre o teor da reunião”.
Agora, observe-se este parágrafo do "Hoje em Dia":
“Sarkozy não se pronunciou ao fim do encontro, que teve cerca de 25 minutos de duração, limitando-se a posar para fotografias e a abanar para a imprensa.
“Tampouco o Palácio do Eliseu divulgou nota sobre o conteúdo da reunião”.
Pode-se perceber que o trecho tirado do segundo jornal (Hoje em Dia) se diferencia do que foi tirado do primeiro jornal (O Tempo) apenas pelo acréscimo do seguinte dado: “que teve cerca de 25 minutos de duração”, além da divisão do período em mais um parágrafo, o que mostra claramente que a notícia foi adquiria através da mesma fonte.
Isso é errado? A princípio não. O problema é, sob o ponto de vista jornalístico, a provável falta de apuração das informações; não que a matéria esteja de fato errada, mas a negligência na apuração poderia permitir que uma informação equivocada fosse noticiada, caminhando na direção contrária da função da mídia, desinformando o leitor e causando confusão.
Além da não apuração das informações, ocorre uma monopolização das notícias pelas agências, uma vez que os jornais não buscam, cada um à sua maneira, os fatos, impedindo que haja uma variação na linguagem utilizada na apresentação da notícia ou ainda diferenciados focos através dos muitos envolvidos no processo. Dessa forma, os jornais deixam nas mãos das agências o domínio sobre o que será notícia e como a mesma será tratada na matéria.
É necessário que haja, ao menos, a apuração dos fatos noticiados, para que, na edição da matéria, a notícia tenha a linguagem diferenciada de cada imprensa, democratizando as informações e deixando ao leitor diversos olhares a serem interpretados.
                                                            
                                                             Por Diego Meneses e Fernando Oliveira
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Eleições em Minas sob diferentes óticas


Os jornais impressos, “O Tempo” e “Estado de Minas” trazem uma notícia em suas edições do dia 25 de junho de 2010, sobre a recente pesquisa do instituto Vox Populi no Estado de Minas Gerais sobre a corrida para ocupação do cargo de Governador do Estado.
Ambas as notícias foram destaque na capa dos jornais. Sabe-se subjetivamente que o “Estado de Minas” é ligado aos tucanos e possui certo grau de envolvimento com a difusão de uma imagem predominantemente positiva do atual Governo do Estado que possui candidato ao cargo de Governador. Já o jornal “O Tempo” apresenta a mesma notícia com certo grau de imparcialidade, contudo, destacando o candidato do PMDB/PT com mais ênfase. Isso fica evidenciado na linguagem adotada pelo discurso da notícia, bem como a apresentação dos atores sociais envolvidos na pesquisa.
Os atores sociais representados na disputa ao Governo Estadual são retratados de formas diferentes nos jornais analisados. Enquanto no “Estado de Minas” o atual Governador Antônio Anastasia é apresentado como o candidato que vem crescendo nas pesquisas de opinião com o apoio do ex-governador e candidato ao Senado Aécio Neves e massiva exposição na mídia; o jornal “O Tempo” apesar de apresentar o crescimento de Anastasia divulga a expressiva liderança de Hélio Costa e Patrus Ananias na corrida eleitoral, incutindo no leitor de forma subliminar que essa é a melhor opção de voto e a preferência maciça dos mineiros.
Fica evidente que ambos os órgãos de imprensa possuem certo grau de cumplicidade com os grandes partidos políticos da tradicional política mineira. Resta saber se essa linguagem adotada pelos órgãos de imprensa vai, afinal, influenciar na vitória dos candidatos. Nesse momento de pré-campanha torna-se possível afirmar que a expressiva exposição na mídia é capaz de mudar o cenário político e angariar votos, já que a pesquisa citada aponta este como principal fator de crescimento de Anastasia, mesmo ele sendo conhecido por apenas 33% do eleitorado, enquanto seu adversário Hélio Costa é conhecido por 64% dos entrevistados e vem caindo gradativamente na preferência do eleitorado. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral sob o número 36.536/2010 e aconteceu entre 19 e 23 de junho sendo entrevistados 2.250 eleitores mineiros.

Por Carlos Bem e Antonio
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Ficha Limpa aprovada no Congresso


A notícia sobre a aprovação da lei que impede políticos com processo em andamento de atuarem na política do país foi abordada por duas emissoras diferentes. Sendo uma a Rede Globo e a outra a Rede Record. Notamos que ambas trataram de maneira semelhante.
A Rede Globo exibiu imagens do deputado Wilderlei Cordeiro - criador da emenda – satisfeito com resultado final; a emissora ressaltou inclusive uma mudança ocorrida na emenda que agora passa a afetar casos anteriores a aprovação da lei.
Sem muito contraste a Rede Record trouxe as mesmas informações, porém o entrevistado foi o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, que disse que "a lei do Ficha Limpa é para valer e todo político com ficha suja não terá vez no futuro cenário político do país".


Por Lucas e Marina
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Política nos meios de comunicação radiofônicos em mês de Copa


            Foram observadas, entre os dias 14 e 18 de junho, as rádios Emboabas FM (São João Del Rei), Guarani FM (Belo Horizonte) e Senado FM (Brasília). Esta última, foi analisada durante o programa Voz do Brasil, que vai ao ar diariamente em todas as emissoras radiofônicas abertas do país, das 19h às 20 h, horário de Brasília.  
            O tema político, durante os dias analisados, não foi abordado com muito destaque. No período em questão, praticamente todos os meios de comunicação de massa do país deram maior enfoque à participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Dentre os veículos e programas analisados, foi a Voz do Brasil, um noticiário público, que ofereceu maior destaque às questões ligadas à política.   
            Vale lembrar que, no rádio, os conteúdos são abordados de maneira mais rápida e fugaz que em outros meio de comunicação. Muitas vezes, os temas são referidos através de pequenas chamadas, que variam entre um e três minutos. Nos três meios escolhidos para análise, foi possível observar a recorrência de dois temas políticos. Foram eles: o novo plano de carreira para os profissionais da educação de Minas Gerais e o reajuste de 7,7 % para os aposentados e pensionistas do INSS, sancionado na última terça-feira pelo presidente Lula.
            A rádio Senado, além de oferecer maior destaque para os conteúdos políticos, demonstrou maior independência na elaboração de suas chamadas. Os dois temas em questão foram abordados de modo mais aprofundo por este veículo. No caso do reajuste para os aposentados, a rádio realizou uma entrevista exclusiva com o Deputado Paulo Paim (PT-RS), um dos defensores do reajuste de 7,7 %. Já as rádios Guarani e Emboabas, abordaram de maneira muito semelhante os temas do ajuste salarial e do plano de carreira, o que nos leva a crer que ambas utilizaram a mesma fonte na elaboração das notícias.

Por Tiago Morandi e Daniel
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Cassação da deputada Eurides Brito


No dia 22/06, os dois telejornais selecionados para análise comparativa da linguagem, Jornal Nacional e Jornal da Noite (Band), noticiaram a cassação da deputada distrital Eurides Brito (PMDB), por quebra de decoro parlamentar.
No Jornal Nacional, seguindo a estrutura tradicional da reportagem, a notícia foi introduzida pelo apresentador William Bonner. Logo, um repórter detalha o ocorrido, enquanto são exibidas cenas da deputada colocando o dinheiro na bolsa, filmado por Durval Barbosa, e cenas do momento da votação dos deputados. No final, o repórter acrescenta os nomes e situações dos outros envolvidos no mensalão do DEM.
No Jornal da Noite, não foram exibidas cenas adicionais ao relatar a notícia, porém, o próprio apresentador, após destacar que Eurides foi a primeira parlamentar cassada entre os oito investigados, teve espaço para um comentário e opinou a respeito do ocorrido:
“Foi uma boa notícia a cassação dessa senhora flagrada metendo dinheiro público na bolsa. Agora, resta aguardar a decisão da justiça, até porque lugar de ladrão é na cadeia. No entanto, os outros envolvidos ainda estão aí, absolutamente livres. E preste atenção, falando nos afana-afana que é o movimento para flexibilizar o ficha limpa, que estou chamando de afana isto está sendo feito sob a desculpa que a justiça não dará conta de todos os recursos. Cabe à justiça não esmolecer frente aos afana-afana e fazer uma ampla sepsia na política brasileira, que é um dos grandes anseios da população deste país.”
Ao expor tal tipo de comentário, utilizando o termo convidativo “preste atenção”, o apresentador atua na tentativa de aproximação com o telespectador, buscando estabelecer um efeito de credibilidade e cumplicidade. Por exemplo, a frase “até porque lugar de ladrão é na cadeia” aproxima a linguagem do comentarista ao pensamento majoritário da sociedade. Ao concluir, Boris Casoy afirma que uma ampla sepsia na política é um dos grandes anseios da população brasileira, dessa forma, ele próprio torna-se a voz da população e, consequentemente, do telespectador, que, sendo parte desta população, pode ou não desejar o referido, mas, na voz do jornal, deseja.

Por Nayane
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A Política por duas vias


Possível espionagem do PT contra o candidato do PSDB à presidência, José Serra, tramita pela mídia brasileira. O delegado aposentado da Polícia Federal, Onésimo de Souza, afirma ter recebido proposta para levantar informações a respeito de José Serra. Segundo Onésimo, a proposta partiu de quatro pessoas: Idalberto Matias de Araújo, sargento da reserva da aeronáutica, Bendito Oliveira Neto, empresário, e dos jornalistas Amauri Ribeiro Júnior e Luiz Manzeta, todos supostamente ligados ao comitê de campanha de Dilma Rouseff.
Segundo reportagem exibida pelo “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, o delegado aposentado não apresentou novos argumentos em seu depoimento ao Congresso, além dos quais já havia relatado à revista “Veja”. Ele afirma ter recebido a proposta de R$160 mil mensais para realizar o trabalho, que, a princípio, seria proteger informações do comitê de campanha do PT, no qual havia suspeita de vazamento de informações e, posteriormente, espionar o candidato do PSDB. Onésimo afirma ainda ter recusado a proposta por não ser compatível com os princípios legais. Dilma Rousseff, em entrevista à rede Globo, afirma não ter relação com os envolvidos e que o Partido dos Trabalhadores não pode se responsabilizar-se pelo fato.
O “Jornal da Record” forneceu informações semelhantes a respeito do fato, porém de maneira rápida e  genérica. O fato foi abordado somente pelo apresentador do Jornal. Não foi realizada uma reportagem, dando espaço para depoimentos de Onésimo e de representantes do comitê de campanha do PT, como no caso da rede globo, que demonstrou maior equilíbrio no noticiamento do fato.  
A apresentação superficial de uma notícia, como no caso do Jornal da Record, pode significar o desinteresse em divulgar aquele fato. Ao passo que o aprofundamento no fato noticiado, através de uma reportagem, pode revelar interesses diversos, a depender do conteúdo reportado. No caso da reportagem do Jornal da Globo, foi possível perceber um grau satisfatório de equilíbrio jornalístico, não havendo tendência precipitada para nenhum dos lados da contenda em questão. É isso, aliás, que se deve esperar de um meio de comunicação com interferência tão significativa no imaginário popular de um país.


Por Franklin
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O Forró Midiático


           Revista Época                                                  Revista IstoÉ

As edições dos dias 07 e 16 de junho das Revistas ÉPOCA e ISTOÉ, trazem, respectivamente, em um de seus espaços culturais, uma crítica ao mais novo CD do cantor Gilberto Gil, batizado de "Fé na Festa".
Ambas as revistas citam a sonoridade que Gil adota em seu mais recente trabalho, fortemente influenciado por ritmos nordestinos, tais como o baião, o xote e o forró.
Porém as semelhanças param por aí. ÉPOCA trás um texto mais elaborado, onde é apresentada a trajetória de vida do cantor desde sua infância até os tempos de ministro do governo federal, e também as fortes inspirações em outros cantores do gênero na produção do novo CD, enquanto a revista ISTOÉ apresenta apenas um texto mais enxuto, onde o novo trabalho de Gil é apresentado praticamente como “apenas mais um”. Também um breve comentário sobre algumas das faixas que compõe o novo álbum.
Destaca-se também a diferença nos títulos das duas críticas do álbum. Enquanto a revista ÉPOCA adota uma linguagem mais informal e “brincalhona” com a figura de Gil, ao dar o título na crítica de “Um Gil com pipoca e quentão”, a ISTOÉ prefere ser mais formal ao intitular “O arraial do Gil: O cantor e compositor Gilberto Gil faz aniversário na semana das festas juninas, entre os dias de São João e de São Pedro”.
                                                                                          Por Pedro Carozzi e Felipe Macedo
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Programação Infantil em Rádios Educativas


              
            Desde o seu surgimento no Brasil, em 1923, o rádio passou por diversas transições estruturais e tecnológicas. Com o advento da televisão e posteriormente da internet, vem sendo uma constante o questionamento a cerca da manutenção desse tipo de mídia, já que novas linguagens se configuram no cenário pós-moderno. As linguagens híbridas, dotadas de imagens, sons e textos em tempo real, que suprimem as necessidades da corrida contra o tempo do homem contemporâneo, substituem a dinâmica da comunicação radiofônica?
            Muitos profetizam a extinção do rádio nesse novo contexto de linguagens. Por outro lado, existem emissoras educativas que apostam na criação de programas inusitados. E ainda, voltados para um público que raramente se encontra na qualidade de alvo das mídias radiofônicas comerciais.
            As rádios USP FM 93,7 Mhz e MEC AM 1130 e 800 Khz, ambas de São Paulo, são emissoras educativas que possuem em suas grades programas destinados ao público infantil: “Assobio49” e “Rádio Maluca”. O primeiro, da Universidade de São Paulo, e o outro, do Ministério da Educação e Cultura, contemplam a criatividade e estimulam a imaginação das crianças do Brasil.
            “Assobio49” surgiu em 2009 e é apresentado pelo próprio professor de música da USP - Pedro Paulo Salles - e pela garota de apenas dez anos, Júlia Stange, vai ao ar todo 1º domingo de cada mês às 08h30min, com reprise na manhã do 3º domingo. Esse programa apresenta uma linguagem erudita para as crianças. Sua temática é o assobio, som bucal, que também é emitido por diversos outros objetos, tais como flauta, chaleiras, apito de trem, entre outros. Os locutores, com uma qualidade ímpar, apresentam aos ouvintes uma diversidade de assuntos relacionados a esse som universal. Filmes e desenhos animados são tratados de maneira dinâmica e educativa, explorando a sonoridade de cada obra. Pedro e Júlia divertem as crianças, aguçando a curiosidade das mesmas a conhecerem a cultura de conjuntos musicais, literários, cinematográficos e, ao mesmo tempo, promove a inserção da criança em seu próprio contexto cotidiano.
            Com uma linguagem mais popular e acessível, a “Rádio Maluca”, que surgiu em 1994, propõe cultura às crianças de forma mais interativa. O programa utiliza um formato já extinto na maioria das rádios brasileiras, o auditório. O apresentador Zé Zuca dirige o programa e a participação direta das crianças. Por meio de enquetes, brincadeiras e com a participação de músicos e contadores de histórias, o locutor envolve a platéia com uma linguagem informal e agradável. A “Rádio Maluca” é transmitida todos os sábados de 11h às 12h.
            Rádios como estas, de cunho educativo, não sofrem a pressão do mercado capitalista, e talvez seja por isso que em rádios convencionais não encontramos programas de igual formato. Outra questão relevante é a carência de investimentos em conteúdos de comunicação voltados ao público infantil, sugerindo que este público já é fruto da linguagem das novas mídias e que não cabe o investimento do rádio neste setor.
            Para aqueles que quiserem apreciar estas raridades do veículo radiofônico, não precisam descartar as novas mídias, basta acessar os sites www.radiomec.com.br e www.radio.usp.br e conferir. Esta seria uma boa proposta para o nosso curso de jornalismo, recentemente criado na UFSJ, uma vez que universidades possibilitam projetos experimentais como estes.

                                                                                                 Por Emanuel Machado e Mariana Fernandes
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Morumbi fora da Copa 2014


   (foto: tales.ebner)

Nessa época de Copa do Mundo, em que todos os olhos estão voltados para a África do Sul,nós brasileiros já estamos imaginando como será quando nós formos os donos da casa no próximo Mundial em 2014.
Já é hora de começar a arrumar a casa para receber com qualidade as seleções e os milhares de torcedores que virão do mundo inteiro. E foi nesse clima foi noticiado que o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, não vai sediar nenhum jogo da copa por não atender as exigências da FIFA. 
O fato do Morumbi ficar fora da copa 2014 é tratado de maneira diferente pelo jornal O Globo e pela Folha de São Paulo.
O Globo fez uma matéria maior e aparentemente mais completa, dando voz a vários personagens envolvidos neste “teatro”. Trata de maneira mais clara a saída do Morumbi como sede da copa 2014, relatando os motivos da saída e dando espaço para as declarações da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e para o ministro dos esportes Orlando Silva. Alem de usar matérias de outras mídias (Jovem Pan) para enriquecer sua reportagem. Porem não parece ter feito uma apuração tão profunda dos pareceres dos representantes do São Paulo Futebol Clube, proprietário do estádio, se atendo apenas a dizer que: “O São Paulo Futebol Clube ainda não se pronunciou sobre a nota da CBF”.
Já a Folha de São Paulo relata o fato como uma disputa entre Ricardo Teixeira e o presidente do clube do São Paulo Juvenal Juvêncio, vencendo o presidente da CBF. A fala de Ricardo Teixeira no jornal foi retirada de uma entrevista a uma TV, pois ele não quis dar declarações à Folha. A matéria sugere ao leitor que o estádio foi cortado devido a disputa política dos presidentes, apesar de mostrar que o corte também está relacionado ao modesto projeto apresentado pelo clube, bem abaixo do esperado pela FIFA.
Para os leitores destes jornais a impressão passada é totalmente diferente, mesmo com ambas as matérias contando a mesma história. Quem lê apenas “O Globo” criará o conceito de que a exclusão do Morumbi da copa de 2014 foi pautada apenas por questões estruturais de um estádio que, por questões financeiras, não conseguiu atender as exigências da FIFA para o mundial. Contudo aqueles que lêem a “Folha de São Paulo” é convencido pela idéia de que nos bastidores dos preparativos para a Copa do mundo no Brasil existe um intenso jogo político disputado pela CBF e presidentes de alguns clubes, dentre eles o do São Paulo, e que a exclusão do Morumbi é apenas fruto de mais uma destas quedas de braço vencida pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

                                                                                                                          Por Valéria e Jesse 
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A dificuldade da imprensa radiofônica em passar informação na copa 2010.



Em uma Copa do Mundo muito disputada como a que se mostra a da África do Sul, certas peculiaridades são imprescindíveis para se conseguir sucesso em uma partida. Porém o exagero destas pode ocasionar problemas em outros meios, que estão diretamente ligados ao futebol.
A copa que está sendo disputada na África do Sul é talvez a de maior cobertura midiática de todos os tempos. Tendo em vista esse aspecto, a quantidade de informações que são passadas pela imprensa é muito grande, podendo acarretar insatisfações entre as seleções participantes, que, dependendo da notícia, sentem seus planos na competição ameaçados.
Colocando em pauta essa questão polêmica, analisamos matérias de duas rádios que estão cobrindo a Copa do Mundo - a rádio Globo e a rádio ESPN. Em ambas, notícias desse gênero foram comuns dando a visão de claro descontentamento por parte de alguns repórteres.
No treino da Coréia do Norte, alguns jornalistas foram retirados pela polícia após algumas filmagens feitas, que de acordo com a assessoria da seleção norte-coreana não foram permitidas. Na seleção brasileira não foi diferente. Foram liberados à imprensa apenas 15 minutos onde os jogadores estavam se aquecendo. O treino coletivo foi feito a portas fechadas e mais uma vez os jornalistas ficaram decepcionados. Mas este não é o único problema da cobertura brasileira na copa. No programa da radio globo - Globo na Copa - o técnico Dunga disse que não gosta de dar o dia livre a seus jogadores, pois acaba sendo um dia de trabalho devido à ação dos jornalistas que sempre estão em cima. O goleiro do Brasil Júlio César foi mais diplomático. Em uma coletiva de imprensa disse que não gosta de dar entrevista, mas faz parte do trabalho.
O que fica evidente nas matérias analisadas é também o problema que os repórteres enfrentam para obterem notícias fundamentais para uma cobertura bem feita de um evento como o Mundial, tais como contusões, escalação e clima do grupo.
Além disso, pode-se perceber um contato bem menor dos jogadores com a torcida, o que anda frustrando alguns torcedores que ficam na porta do treino e são proibidos de entrar.
Estes são pontos muito polêmicos da discussão, porque os jornalistas precisam de informações para trabalhar, o público também quer saber o máximo sobre os selecionados de seu país, mas equipes não querem correr o risco de serem espionadas em treino por outras seleções. É um impasse complicado, mas o que não pode acontecer são certos excessos de cuidado, para não atrapalhar a função de nenhuma das partes que não estão fazendo nada além do seu trabalho.

                                                                                                       Por Thiago Longatti e Emanuelle
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Kleber retorna ao Palmeiras


                  (Foto: Gustavo Tilio / GLOBOESPORTE.COM)

Após mais de um ano jogando no Cruzeiro, o atacante Kleber retornou ao Palmeiras no dia 9 de junho. Polêmico, o jogador, também conhecido como o Gladiador, causa uma divergência de opiniões entre os torcedores das duas equipes.
Duas emissoras abordaram o tema em seus respectivos programas, a Rede Record, com o programa Esporte Fantástico, e o SporTV, com o Troca de Passes.
Ao analisar as duas matérias percebe-se que o programa da Record, exibido no dia 12 de junho, aborda com maior intensidade a opinião dos torcedores sobre o jogador, chegando a entrevistar pessoas que torcem para um dos dois times. Na reportagem também há a exibição de um vídeo de um torcedor cruzeirense fazendo duras críticas ao atacante.  Nessa matéria encontra-se uma linguagem mais descontraída, informal, o que deixa a notícia mais leve.
Já o programa Troca de Passes, exibido no dia 9 de junho, aborda a notícia com um estilo diferente, apenas comenta alguns detalhes da transferência e entrevista o jogador ao vivo. Isso o diferencia muito do primeiro programa, pois aborda mais a expectativa e pretensões do atleta e não da torcida de ambos os clubes.
Com a comparação, pode-se observar a diferença das duas reportagens que relatam o mesmo tema. A primeira trata o retorno de Kleber de modo festivo, como uma celebração ao que a torcida do Palmeiras esperava. Já a segunda, com a entrevista, os objetivos do atacante são o foco principal da matéria, o que a deixa mais séria e mais imparcial. No entanto, as duas emissoras convergem ao concordar que o jogador acertou ao retornar ao Palmeiras, ao dizerem que “Kléber voltou ao clube de onde nunca deveria ter saído”.

      
                                                                                                                      Por Gabriel e Luisa
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Gols de emprego durante a Copa



 
A rádio Itatiaia e a rádio Web século XX noticiaram duas matérias relacionadas ao crescimento de setores da economia, em decorrência da Copa do Mundo na África do Sul em 2010. 
“Perspectiva é de aumento de nove mil postos de trabalho em Minas Gerais durante a Copa” foi o título da matéria noticiada no dia 4/06/2010 pela rádio Itatiaia. Já a rádio Web século XX foi: “Copa vai abrir 4 mil vagas de emprego em BH.”
Ao observar os títulos utilizados já se pode perceber que ambas utilizam um discurso favorável ao mundial com relação aos efeitos econômicos no setor de comércio e serviços.
A notícia vinculada na rádio Web inicia-se com um flash back sobre a copa de 1970, mostrando o crescimento da população, o alto consumo de artigos esportivos e de televisores e, também, as estratégias de marketing utilizadas pelo comércio como, por exemplo: televisionar os jogos em bares e restaurantes a fim de atrair clientes.  Com as vitórias da seleção brasileira, as pessoas ficam mais felizes e consomem mais, e há também a chance de efetivação para aqueles que exercem funções temporárias.
A rádio Itatiaia também enfatiza a influência econômica da Copa em bares, restaurantes e lojas através do aumento do consumo e das ofertas de postos de trabalho. O período da Copa, próximo a datas comemorativas como o dia das mães e do dia dos namorados oferece opções de presentes que remetam a este  grande evento do esporte
Com relação às Ciências da Linguagem, pode-se observar a utilização de uma linguagem simples, de fácil compreensão, para tratar de economia. Em ambas há utilização de dados estatísticos, citações de órgãos relacionados à economia e de economistas para legitimar e reforçar os dados e objetivos das noticias, deixando as matérias mais ricas e acessíveis  ao público.
Para ter acesso completo, basta conferir os seguintes links:
(acessados no dia 14/06/10, ás 16h10min min.)

                                                                
                                                                 Por Cláudia Batista Lino Rodrigues e Thamiris Franco Martins
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